Será que o seu filho faz uma terapia comprovada cientificamente? O que isso significa?

Nessa semana, um artigo de revisão sistemática internacional, causou grande alvoroço na comunidade científica dos profissionais que trabalham com Paralisia Cerebral, pois ele traz novidades e comparações na prevenção, manejo e tratamento dessa patologia. Através de uma metodologia de “Semáforo”, ou seja, terapias e condutas com fortes evidências científica se encontram no VERDE; já as que necessitam de maiores estudos, porém se mostram promissoras: AMARELA; e na cor VERMELHA, ficam terapias sem comprovação de sua eficácia.

Com isso, nosso Fisioterapeuta e Diretor Clínico da Pediatherapies Eduardo Bagne, tentará resumir o artigo numa linguagem fácil e acessível para nossas famílias.

A Paralisia Cerebral (PC) é a incapacidade física mais comum da infância, principalmente na população dos prematuros, correspondente a 43%. Mas a taxa vem caindo, chegando a 30% na última década e a gravidade diminuindo (menor comprometimento intelectual, epilepsias e nível motor), principalmente nos países desenvolvidos; isso devido a novas condutas preventivas de Pré-natais e Neonatais adotas pela equipe médica, principalmente na saúde pública.

Com o sinal VERDE, temos: Administração de Corticosteroides e Sulfato de Magnésio, atuando como neuroprotetores que podem evitar as hemorragias intracranianas. Após o nascimento, Cafeína e Hipotermia neonatal também podem contribuir para a diminuição dos efeitos de lesão cerebral.

Já no sinal AMARELO, existem estudos promissores de medicamentos Neuroregenerativos, como a Eritropoietina, uso do sangue do cordão umbilical e estudos genéticos, onde um terço de crianças com PC, podem ter fatores genéticos relacionados a suas causas.

PARALISIA CEREBRAL – NOVAS EVIDENCIAS CIENTÍFICAS 2020

As grandes discussões aparecem principalmente nas comparações das técnicas utilizadas dentro do processo de reabilitação, isso ocorre, pois devemos levar em consideração as evidências científicas que são o objeto principal desse estudo, porém a experiencia do terapeuta e a opinião da família são peças fundamentais para o sucesso.

As técnicas e manejos listados no sinal VERDE, ou seja, que cientificamente demostram grandes resultados foram:

✅ CONTENSÃO INDUZIDA;

✅ TREINAMENTO BIMANUAL;

✅ PROGRAMAS DOMICILIARES;

✅ TREINAMENTO DE MOBILIDADE;

✅ TREINO EM ESTEIRA / SUPORTE DE PESO;

✅ PRÁTICAS DE TAREFAS DA VIDA REAL – ambientes adaptados com enfoque na resolução de problemas.

As técnicas e manejos listados no sinal AMARELO, ou seja, necessitam de maiores estudos, porém se mostram promissoras, podendo haver grandes resultados no processo de reabilitação, principalmente quando utilizadas em conjunto com as terapias de sinal verde, dentre elas temos:

👉🏻 REALIDADE VIRTUAL;

👉🏻 PLATAFORMA VIBRATÓRIA;

👉🏻 ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA;

👉🏻 ESTIMULAÇÃO TRANSCRANIANA POR CORRENTE CONTÍNUA (ETCC);

👉🏻 TERAPIAS INTENSIVAS (THERASUIT);

Movimentos ativos em alta intensidade, e ganho de força muscular, onde a prática visa diretamente uma meta estabelecida pela criança (ou por um representante dos pais).

Outros fatores que o artigo traz, são tratamentos que visam melhorar morbidades muito relevantes ao contexto das crianças com PC, como: Espasticidade, contraturas musculares, Vigilância do Quadril, Condicionamento Físico, Disfagia e Cognição, temos como sinal VERDE:

ESPASTICIDADE: Uso de Toxina Botulínica (há opiniões adversas, principalmente quanto a efeitos colaterais negativos do enfraquecimento das fibras musculares); Rizotomia Dorsal Seletiva; Baclofeno Intratecal;

CONTRATURAS: Movimentação ativa; Gesso Seriado; Cirurgias Ortopédicas;

VIGILÂNCIA QUADRIL: Tratamento Multiprofissional (Fisioterapeuta – ortostatismo e mobilidade precoce; Ortopedista – cirurgia oportuna);

COGNIÇÃO: Inclusão Escolar associado a comunicação alternativa com realização de tarefas individualizadas;

CONDICIONAMENTO FÍSICO: Fator muito importante para o prognóstico de marcha e mobilidade a médio e longo prazo; mudanças na rotina sedentária (exercícios e alimentação);

PARTICIPAÇÃO FAMILIAR: Terapias de aceitação e participação familiar, muitas vezes com o suporte psicológico;

DISFAGIA: Estimulação Elétrica em conjunto com terapia de estimulação sensório motor oral.

Todas as terapias e manejos mencionados no sinal verde e amarelo, a Pediatherapies realiza e oferece aos nossos pediamigos e familiares, com exceção da ETCC, a qual será nossa próxima aquisição. Isso nos deixa extremamente felizes em saber que estamos no caminho correto, buscando sempre o melhor na excelência do tratamento neurofuncional pediátrico. Onde juntamos as evidências científicas com a experiencia clínica da nossa equipe.

Toda a equipe está a disposição para maiores esclarecimentos e diálogos frente aos objetivos e condutas terapêuticas realizados com seu baixinho.

PARALISIA CEREBRAL – NOVAS EVIDENCIAS CIENTÍFICAS 2020