Tratamentos
Fisioterapia, Fonoaudiologia, Terapia Ocupacional
- Tearapia com duração de 1h com frequência semanal à definir (mínimo 1x por semana);
- Tratamento realizado por profissional especializada em neurologia infantil;
- Adaptação de Materiais;
- Salas equipadas;
- Profissionais com alta certificação acadêmica;
- Treinamentos da vida diária;
- Estimulação visual;
- Estimulação Cognitiva;
- Estimulação Sensorial;
- Estimulação Adequação Postural;
- Visita à escola do paciente (agendar com 30 dias de antecedência).
Tratamentos
Análise do Comportamento Aplicada
O que os pais precisam para saber se o tratamento de seu filho esta sendo realizado da melhor maneira possível. A ABA não é um método, é uma ciência ampla, baseada nos estudo de Skiner e aplicada por Lovas a pessoas com TEA, sendo o único tratamento comprovado cientificamente para o tratamento destas pessoas. É composto por diversos métodos que devem ser elencados após uma avaliação minuciosa, com testes e protocolos validados (preferencialmente os chamados “padrão ouro”) para melhor atender as necessidades de cada indivíduo. As reavaliações devem ser periódicas para planejamento terapêutico com objetivos claros, que devem ser eleitos em conjunto com a família, a curto e médio prazo. O atendimento deve ser realizado por equipe multidisciplinar sempre supervisionado por profissional capacitado. Os profissionais envolvidos devem ter formação na abordagem comportamental, pleno conhecimento em Análise do Comportamento Aplicada (ABA) e com experiência no atendimento a pessoas com TEA. Além disso, é importante que os profissionais também tenham conhecimento em outras abordagens como comunicação alternativa (PECS, PCS), integração sensorial, entre outros. O tratamento deve ser precoce e intensivo, abrangendo terapias em ambiente controlado e natural, utilizando estratégias estruturadas ou naturalísticas, a depender do Programa Terapêutico Singular que for elaborado para aquele indivíduo. A quantidade de horas semanais pode variar de indivíduo para indivíduo, mas é de suma importância que família e escola estejam envolvidas e sejam orientadas para que este processo seja aplicado também no dia-a-dia, totalizando de 20 às 40h semanais do uso de estratégias com base nesta ciência.
Tratamento
Reabilitação Virtual
Realidade virtual: como ela afeta a reabilitação? De uns tempos para cá, a realidade virtual vem ganhando espaço em nosso cotidiano. São computadores, videogames, óculos especiais e outros dispositivos que têm como principal proposta fazer com que o indivíduo se sinta imerso em uma espécie de existência fictícia”. A proposta é fazer com que a criança, com a realidade virtual, receba estímulos musculares, através de jogos e/ou filmes em VR (tecnologia de audiovisual própria), induzindo a expressar determinadas reações ou movimentos. O objetivo do tratamento de reabilitação é estimular os movimentos musculares de modo que o paciente crie uma memória motora. A partir daí, os movimentos passam a ocorrer sem que ele precise “pensar” muito neles. Esse nível só é alcançado por meio de muita repetição. Entretanto, ficar repetindo movimentos de forma inveterada todos os dias na fisioterapia é um processo que, com o passar do tempo, pode desmotivar o paciente, que passa a acreditar que o tratamento é monótono e pouco produtivo. É nesse contexto, então, que entra a realidade virtual. Com sua utilização, o paciente recebe um feedback dos seus movimentos e sente como se estivesse saindo da sala de fisioterapia (ou da sua casa) para a vida real. Dentro do ambiente digital, ele interage com objetos e situações diferenciadas que criam uma ideia positiva do processo, fazendo com que ele busque mais precisão em seu desempenho com o passar dos dias.
Tratamentos
Integração Sensorial
Inicialmente é relevante considerar que o bebê não nasce com estratégias e conhecimento prontos para perceber as complexidades dos estímulos ambientais. Essa habilidade se desenvolve com a idade e com a experiência, principalmente a social na interação com o outro (Stern, 1992; Hobson, 2004). A interação do bebê com seu ambiente imediato logo se torna uma fonte de conhecimento, no qual a percepção é o processo pelo qual segundo Gibson (1969), obtém informação sobre o mundo, ou seja, é a habilidade de se extrair informação da estimulação.
A percepção depende do aprendizado e da maturação da pessoa e por isso possui a visão e audição, por exemplo, que significa simplesmente apresentar a habilidade de receber sons e imagens, o que não significa compreender esses estímulos. Somente com o tempo e através da interação com o mundo o ser humano aprende a ver e a escutar com sentido, ou seja, prende a usar seus órgãos sensoriais e a atribuir significado às sensações.
Segundo Ayres (2005), o cérebro organiza as sensações assim como um guarda de trânsito coordenada os carros para que o trânsito possa fluir. A autora também faz uma analogia com o processo de digestão do corpo. Sendo assim, vale compreender que o corpo precisa de comida para se alimentar, e mais ainda, precisa que o alimento seja digerido, assim são as sensações, elas são como alimentos para o cérebro, porém sem um processamento sensorial adequado não podem ser digeridas e alimentá-lo.
Segundo AYRES (2005), a Integração Sensorial é o processo pela qual o cérebro organiza as informações, de modo a dar uma resposta adaptativa adequada, organizando assim, as sensações do próprio corpo e do ambiente de forma a ser possível o uso eficiente do mesmo no ambiente. O método visa a quantidade e a qualidade de estímulos proporcionados ao sujeito, para que busque um equilíbrio modulado, dando assim, uma resposta que esteja de acordo com suas capacidades e com o meio, melhorando o desempenho de uma criança, em seu processo de aprendizagem.
A partir disso, Ayres (1995), define a integração sensorial como a habilidade inata em organizar, interpretar sensações e responder apropriadamente ao ambiente, de modo a auxiliar o ser humano no uso funcional, nas atividades e ocupações desempenhadas no dia-a-dia. (Ayres apud OLIVEIRA, 2009).
Dessa forma, a integração sensorial se inicia na vida intra-uterina e se desenvolve devido à interação com o ambiente, por meio de respostas adaptativas. O sistema nervoso (SN) é o órgão responsável pela integração das diversas sensações recebidas. O processo pelo qual o sistema nervoso central (SNC) localiza, classifica e organiza os impulsos sensoriais e transforma as sensações em percepção para que o homem possa interagir com o meio é denominada integração sensorial. (AYRES apud LORENZINI, 2002, p.6).
O sistema nervoso organiza as informações visuais, auditivas, táteis, olfativas e gustativas bem como informações sobre gravidade e movimento, e consequentemente as organiza em um plano de ação. Quando é feita de maneira harmoniosa, a aprendizagem se dá naturalmente.
Nesse sentido, o desenvolvimento infantil e a integração sensorial agem de modo integrados, que segundo Ayres (2005), explica que a criança desenvolve a capacidade de organizar inputs sensoriais inicialmente experimentando sensações, porém sendo incapaz de dar significado a elas. Inputs sensoriais referem-se às funções receptivas: à capacidade para selecionar, adquirir, classificar e integrar as informações, isto é: a sensação, percepção, atenção e concentração (EDMANS, 2004).
Dessa forma, a integração sensorial oferece oportunidades para a criança organizar a sua conduta, fornece condições para explorar suas necessidades e fazendo com que o sistema nervoso organize os estímulos, produzindo com isso respostas adaptativas adequadas exigidas pelo ambiente, uma vez que as sensações devem ser proporcionadas de forma agradável gerando prazer. Quando isso acontece de forma adequada, ocorre o processo chamado de Integração ou Processamento Sensorial com o objetivo de promover o desenvolvimento do ser humano.
Após a abordagem citada anteriormente referente que a integração sensorial se baseia nos estímulos proprioceptivos adquiridos e a atuação da Terapia Ocupacional, que de acordo com Takatori (2001), a Terapia Ocupacional tem como instrumento de suas ações as atividades, na qual estas estão presentes no cotidiano das pessoas e acredita-se que através do fazer, com intermédio das experiências, é que se pode trilhar um caminho com o paciente em direção à construção de um cotidiano.
E segundo Sabari (2005) os terapeutas ocupacionais são especialistas em atividade. Independentemente do diagnóstico ou do ambiente terapêutico, a melhora no desempenho de atividades é uma meta final na intervenção da terapia ocupacional. Para Pierce (2003) a atividade não é vivenciada por uma pessoa específica, é compartilhada culturalmente como o brincar, que por sua vez pode acomodar todos os tipos de pessoas e contextos, logo brincar é uma atividade. Pode-se dizer que a Terapia Ocupacional poderá intervir de forma a favorecer a recepção, o processamento e a resposta adaptativa ao meio, através da integração de informações sensoriais que serão proporcionadas diante dos estímulos ofertados em um parque infantil.
Sendo assim, é evidente a intervenção através da integração sensorial no avanço do processo de reabilitação e na prática da Terapia Ocupacional no desenvolvimento infantil em prol da autonomia da criança.